Boas-vindas e Contadores

Este Blog já está em sua terceira versão! Aqui eu me sinto à vontade para ser eu mesma e escrever sobre qualquer coisa que povoe a minha mente. É onde eu desabafo, reflito, compartilho experiências e descobertas, mantenho registro de momentos felizes e de desafios superados, guardo um arsenal de boas memórias, pensamentos e reflexões para me ajudarem nos dias difíceis... Sejam bem-vindos e não pisem na grama, rs... Ah! Se quiser trocar ideias e compartilhar experiências, visite a Página no Facebook, que é uma extensão deste Blog (e acho que os recursos são melhores para todo mundo acompanhar e palpitar)!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Prova de Fogo

Todo mundo sabe que o trânsito de São Paulo é horrível, especialmente quando chove, mas nada havia me preparado para o que enfrentamos hoje: 6h30 presas no trânsito (das 15h15 às 21h45)!

Agora durante a licença maternidade, estou fazendo as minhas sessões semanais de terapia na ZN, enquanto a Ísis fica com a minha mãe. A sessão dura 50 minutos e o local em que estou fazendo é perto da casa da minha mãe, então é bem tranquilo: normalmente, eu saio de casa junto com o Luis e a Luísa, pouco antes das 8h e lá pelas 9h eu chego à casa dela, amamento a Ísis, tomo café da manhã e saio para a sessão que começa às 10h. Reencontro as duas umas 11h20, quando a Ísis normalmente está tirando uma sonequinha.
Às vésperas de voltar ao trabalho, havia combinado de fazer uma sessão dupla hoje, então, havia extraído meu leite às 5h da manhã, resgatei a frasqueirinha térmica e deixei 130ml com a minha mãe, por precaução, mas quando cheguei às 12h20 a pequenina ainda dormia.
O Luis teria aula de Inglês à noite, das 20h às 21h, na região da Paulista, então eu teria que buscar a Luísa. Pouco depois das 14h, ele me ligou do escritório e disse que estava caindo uma tempestade lá, que eu não deveria sair tarde (normalmente, eu sairia às 16h, pra não pegar horário de pico, e chegaria tranquilamente em casa até umas 17h30). Eu e o Matheus estávamos nos divertindo com as aulas de vôo e os cuidados de uma mãe passarinho com seu filhote, no quintal, mas me preparei pra sair imediatamente.... amamentei a Ísis, tirei o frasquinho de leite materno e coloquei na frasqueira (obs.: o LM pode ficar até 6h em temperatura ambiente e até 24h sob refrigeração), guardei tudo no carro, conferi os sites do CGE e da CET e saí por volta das 15h15. Estava começando a chover na ZN, então decidi fazer o caminho "por dentro" (tenho pavor de pensar em enfrentar uma enchente na Marginal e o CGE já havia colocado esta rota em estado de atenção).

Fui super bem até chegar na Av. Tiradentes, que estava completamente parada. Neste anda e pára, a Ísis começou a chorar, mas consegui acalmá-la com as músicas do Baby Einstein e com a chupetinha (é... eu cedi quando ela completou 3 meses de vida e não tirava a mão da boca). Dormiu. Vi a passagem subterrânea Tom Jobim inundada, no sentido contrário, e soube que a 23 de maio também estava com problemas, então fui em direção à 9 de julho. Acabei pegando a Martins Fontes, que parecia mais livre, mas terminei em um trânsito infindável na Augusta. Foi assim, sem quase acelerar, precisando só tirar o pé do freio para andar em passo de tartaruga, que fui até o túnel da Cidade Jardim, onde finalmente o trânsito voltou a melhorar.
Neste meio tempo, consegui falar com o Luis, que cancelou sua aula para ir buscar a Luísa na escola, que fecha às 19h. Ainda bem que ele não enfrentou grandes problemas no trajeto... Eu já fiquei mais tranquila. Já tinha perdido a conta de quantas gotinhas de florais havia tomado para segurar a ansiedade (será que o bafômetro detecta?).... Cheguei a pensar em parar em algum lugar com a Ísis para esperar a situação melhorar - mas onde? Estava tudo travado e eu não conseguia pensar em nenhum local adequado ali por perto.
Por volta das 19h30, a Ísis acordou. Estávamos prestes a cruzar a Estados Unidos, tudo parado. Ela foi se agitando e começou a chorar, tadinha... Eu sabia que ela estava com fome. Até hoje, não havia aceitado bem as diversas mamadeiras e copinhos que tentei. O leite materno que eu tinha no carro estava no mesmo tipo de copinho de treinamento que consegui usar com a Luísa nesta idade (Nuk 1st Choice). Eu o ofereci à Ísis e foi a nossa salvação! Mesmo o leite estando meio gelado, demorou, mas a pequena aprendeu a usar o copinho e mamou tudinho (o que nao faz a necessidade?)...
Eu devo ter sido uma distração para os outros motoristas (ainda bem que o carro tem insul film). A situação era dramática, mas a cena foi cômica: Eu colocava o carro no N, puxava o freio de mão, me ajoelhava no banco do motorista e segurava o copinho pra Ísis, de olho no trânsito. Voltava ao meu lugar, andava um pouquinho e repetia a operação... muitas vezes. Com os seios cheios, ainda molhei toda a minha blusa... Ai, ai... Mas valeu a pena! Depois de mamar, a pequena ficou brincando um pouco com a fadinha, a borboleta e o pianinho e depois caiu no sono, até chegarmos em casa, sãs (na medida do possível!) e salvas.

É um absurdo levar 6h30 em um trajeto de 31km, que poderia ser percorrido em 40 minutos, como é utopicamente estimado pelo Google Maps. Mas sei que, dado o histórico da cidade, ainda tive sorte por não ter que enfrentar alagamentos. Pagamos os impostos mais altos do Brasil por este tipo de qualidade de vida!

Bom, neste Dia Internacional das Mulheres, fomos guerreiras... E ganhei a recompensa de chegar em casa e encontrar o jantarzinho pronto e um lindo presente do maridão. Obrigada, amor, por sempre proporcionar os melhores momentos do meu dia! Te amo!


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