- "Não, mamãe. Eu quero suco de pêssego!"
Devo confessar que a palavra pronunciada assim, tão direitinho, "pêssego", me deixou um pouco triste. Ela falava "pego"... não conseguia pronunciar corretamente a palavra até bem pouco tempo atrás! Ela sabia que não era o certo, mas não conseguia falar de outra forma, dizia que "a mamãe fala 'pegos', eu falo 'pego'".... Ai, como me arrependo de não ter registrado em áudio ou vídeo!
O aprendizado da fala tem estes efeitos colaterais: fazem desaparecer as palavrinhas fofas, com o jeitinho especial de nossa bebê, fazendo-nos perder uma das grandes diversões desta fase. E a gente assim, de repente, percebe que o tempo voou e que nossa bebê cresceu...que já é uma "menina moça", como ela mesma se intitula!
De uns tempos pra cá, a Lulu aprendeu a dizer várias palavras corretamente.
No começo, eu brincava que ela escolhia um som e seguia fiel a ele... Falava "nanana" (banana), "cacaco" (macaco), "tatata" (batata)... Depois trocava algumas letras e suprimia outras: "paquinho" (parquinho), "pama" (cama), "tasa" (casa), "Pomas" (Thomas, a locomotiva), "Bany" (Barney), "quelo" (quero)...
E havia ainda as nossas preferidas, que não tinham muito a ver com a original... Cobertor era "detô", depois virou "bedetô", se transformou em "biguitô" e agora é "cobertor", assim... sem graça mesmo!
É claro que ainda nos restam algumas palavrinhas erradas, para saborear, como "béquiads" (Backyardigans), "xilingui" (sling)...
Mas as palavrinhas erradas estão rareando a cada dia. É uma delícia vê-la ampliar o vocabulário, mas realmente dá saudade das fofurices inventadas!