Há não muito tempo atrás, passei pela fase mais difícil da minha vida até este momento.
Durante esta fase, por muitas vezes julguei ter atingido o que se chama de "fundo do poço", mas notei que este ponto também é relativo: hoje entendo que só dá para dizermos que o atingimos quando invertemos o sentido e começamos a escalada de volta.
Eu não sei dizer bem o que ou quem mais me ajudou a superar este desafio, pois realizei muitos tratamentos, contei com a ajuda de muitas pessoas maravilhosas e profissionais competentes, tive muita fé, contei com muitas orações, orei também, tomei remédios, li milhões de livros, estudei e testei as mais diversas teorias e terapias (...)
Foi nesta jornada que eu conheci o Psiquiatra
Dr. João Lourenço Navajas. Na realidade, eu não o conheço pessoalmente, mas sinto como se o conhecesse, pois ele tem sido o meu companheiro diário no caminho de ida e volta do trabalho (tive a honra de conhecê-lo anos depois, em um Simpósio). Foi a minha mãe que o apresentou para mim, presenteando-me com os CD's de sua Série "
Os 4 instrumentos da alma", que traz compilações do programa "
Nova Mente", transmitido ao vivo às sextas-feiras às 10:00 (com reprise às 22:00) pela
Rádio Boa Nova (em São Paulo, AM 1450).
O objetivo desta série é nos encorajar a assumir uma atitude otimista de autoconhecimento, para que possamos trabalhar os nossos defeitos (o que falta ser feito), utilizando os nossos sentimentos, pensamentos e atitudes (mesmo aqueles que gostaríamos de esconder / reprimir) como instrumentos para desenvolver e explorar nossos talentos e potencialidades.
Neste
post, queria compartilhar um dos meus aprendizados, que é a
Escala de Orientação Emocional apresentada pelo casal Hicks no livro "Peça e será atendido", comentado pelo Dr. João em seu CD "oControle" e a teoria por trás dela.
Segundo os autores do livro, as nossas emoções são indicadores de nossa frequência vibracional. Elas indicam qual é o nosso nível de alinhamento com a nossa "Fonte de Energia" (que eu interpreto como Deus).
Esta escala está dividida em 22 níveis e seria parecida com o que está representado na figura a seguir. Entretanto, já que as mesmas palavras são muitas vezes usadas para explicar coisas diferentes e diferentes palavras são usadas para explicar as mesmas coisas, esses rótulos não são perfeitamente adequados (eu, por exemplo, entendo que Felicidade é mais que Alegria). De fato, rotular emoções pode causar confusão e nos distrair em relação ao real propósito da escala de orientação emocional. A coisa que mais importa é que, conscientemente, possamos crescer nesta escala, dia após dia.
Quando eu falei sobre o "fundo do poço", estava me referindo ao último nível desta escala, quando me encontrei em
depressão, parecendo que não havia o que pudesse fazer com que eu me sentisse bem, quando tudo o que eu sentia era desespero, angústia e medo.
Neste estágio, com certeza eu poderia me sentir melhor se conseguisse deixar de pensar no que quer que me atormentava e pudesse focar em meu trabalho, por exemplo. Há muitos pensamentos e atitudes que poderiam me libertar daquela depressão. No entanto, eu me encontrava em um estágio e em uma vibração na qual eu não conseguia ter acesso a eles naquele momento (estes outros degraus estavam muito distantes de onde eu me encontrava)...
De acordo com a teoria por trás da Escala de Orientação Emocional, se soubermos em qual nível nos encontramos, fica mais fácil escolher de maneira consciente um pensamento que nos ajude a subir um degrau na escala, ou seja, que nos proporcione algum alívio em relação ao estado anterior, ainda que este novo estado ainda não seja considerado bom. Note que somente 7 dos 22 níveis são considerados "positivos".
Por exemplo, a
culpa é uma emoção que ninguém em sã consciência costuma buscar, que eu não recomendaria a um amigo mas, de acordo com esta teoria, a culpa pode representar a porta de saída do estado de depressão... A culpa pode nos tirar da apatia, do egoísmo extremo (quando não aceitamos a nossa própria realidade), pois faz com que comecemos a avaliar o que poderíamos ter feito diferente, quais escolhas nos levaram até onde nos encontramos, nos relembra de nosso protagonismo e responsabilidade pelos resultados obtidos. O nível 21 também traz as emoções de insegurança, de desvalorização, a baixa autoestima... mas já é muito melhor que a depressão!
Onde você se encontra nesta escala? Você está em uma jornada ascendente? Qual é o próximo passo que você pode tomar, conscientemente, para melhorar a forma como se sente? Pense nisso... Espero que te ajude tanto quanto tem me ajudado!