Boas-vindas e Contadores

Este Blog já está em sua terceira versão! Aqui eu me sinto à vontade para ser eu mesma e escrever sobre qualquer coisa que povoe a minha mente. É onde eu desabafo, reflito, compartilho experiências e descobertas, mantenho registro de momentos felizes e de desafios superados, guardo um arsenal de boas memórias, pensamentos e reflexões para me ajudarem nos dias difíceis... Sejam bem-vindos e não pisem na grama, rs... Ah! Se quiser trocar ideias e compartilhar experiências, visite a Página no Facebook, que é uma extensão deste Blog (e acho que os recursos são melhores para todo mundo acompanhar e palpitar)!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Estratégia de amamentação...

Uma das dúvidas de mamães que amamentam também é com relação à melhor estratégia (sim, também tem esta!)...

No livro da Encantadora de Bebês, também há algumas explicações úteis sobre o assunto:
Nos primeiros dois ou três dias, você produzirá o colostro: a "barra energética" que compõe o leite materno. Ele é grosso e amarelo, mais parecido com mel do que com leite, e é repleto de proteínas. Durante esse período, quando o leite é quase colostro puro, você deve amamentar quinze minutos com um dos seios e outros quinze minutos com o outro seio. Quando começar a produzir leite, no entanto, deve mudar para o método unilateral.
Há quem recomende que a mãe faça com que o bebê mame sempre nos dois seios, principalmente se amamentar em intervalos grandes, para evitar que o leite fique "parado" por muito tempo. Eu fiquei na dúvida com relação a isso e pesquisei um pouco... ainda no livro da Encantadora de Bebês existe uma explicação sobre as "partes do leite", que reproduzo abaixo:
Se você deixar uma mamadeira com leite materno descansar por uma hora, ele se separa em três partes. É assim que o seu leite é enquanto o bebê suga:
* Primeiros 5-10 minutos: Ele é parecido com a espuma do leite. Penso nele como se fosse uma sopa, porque satisfaz a sede do bebê. É rico em oxitocina que, na mamada, afeta mãe e bebê: a mãe fica bastante relaxada e o bebê fica sonolento. Essa parte do leite materno também apresenta a maior concentração de lactose.
* Depois de 5-8 minutos de mamada: Mais parecido com a consistência do leite normal, é rico em proteínas, o que é bom para os ossos e o desenvolvimento do cérebro do bebê.
* Depois de 15-18 minutos de mamada: Hind Milk, é o leite grosso e cremoso. É nele que estão todas as gorduras boas. É a "sobremesa", que ajuda o bebê a ganhar peso.
Curiosa por natureza, eu quis testar... Na primeira noite em que a Luísa não acordou para mamar (e, em compensação, eu acordei muitíssimo dolorida de tanto leite acumulado!), bombeei 80ml e deixei na geladeira... Vejam, ao lado, a foto do resultado: não é que dá mesmo para visualizar estas 3 partes do leite?

A Encantadora de bebês diz ainda que...
Principalmente nas 3 primeiras semanas da vida do bebê, é preciso ter certeza de que ele obtenha hind milk. Se você mudar de lado depois dos primeiros 10 minutos, por exemplo, na melhor das hipóteses o seu bebê estaria apenas começando a mamar o colostro e nunca teria chegado ao hind milk. E, o que é pior ainda, esta mudança de lado envia uma mensagem ao cérebro de que não é mais necessário produzi-lo. Se, no entanto, você mantiver o bebê em apenas um dos seios durante toda a mamada, ele obterá porções adequadas dos 3 tipos de leite, ou seja, uma dieta balanceada. Além disso, seu corpo irá se acostumar com este regime. 
Assim, a recomendação é que o bebê deve mamar tudo o que desejar de um lado, até deixar a mama espontaneamente e, após arrotar, deve-se oferecer a outra. O bebê poderá aceitar ou não. Muitos bebês ficam satisfeitos se mamarem só em um dos lados. Deve-se alternar o lado em cada mamada. Se estiver dando os dois lados em toda mamada, sempre comece pela mama que ofereceu por último na vez anterior.

Luísa, 28/11/2010, 2 semanas
Até hoje, são poucas as vezes em que a Luísa mama em ambos os lados. Ela normalmente se satisfaz somente em um deles e é muito interessante que, realmente, o corpo se acostuma com este esquema de produção de leite... Eu a amamento unilateralmente desde o seu quarto dia de vida. A pediatra da Luísa disse que agora, como ela já está com a sucção bem eficaz, estas referências de tempo já não são tão válidas... com uma boa sucção, ela consegue desde o começo da mamada obter todos os tipos de leite.
O registro em diário ajuda a controlar as mamadas e a alternar corretamente os lados.

Outra coisa que aprendi recentemente é que o cocô do bebê (normalmente amarelado) fica esverdeado caso esteja mamando somente o leite anterior, rico em lactose... Isso também causa cólicas e baixo ganho de peso. Vale prestar atenção a mais este sinal!

Amamentação - Pra começar...

Como prometi, vou falar mais um pouco sobre a amamentação...

No livro da Encantadora de Bebês (eu avisei que ia falar bastante dela!), tem um quadrinho explicativo sobre a produção de leite, que reproduzo abaixo:
"Imediatamente após o nascimento do bebê, o cérebro da mãe libera prolactina, o hormônio que inicia e mantém a produção do leite. Os hormônios prolactina e oxitocina são liberados a cada vez que o bebê suga o seio. A aréola (parte escura ao redor do mamilo) é firme o suficiente para que o bebê se prenda a ela e macia o suficiente para permitir que ele a comprima. Enquanto o bebê suga, os seios lactíferos (sulcos no interior da aréola) enviam um sinal ao cérebro: "Produza leite!". Quando o bebê suga, esses seios pulsam e ativam os ductos lactíferos, as passagens que ligam o mamilo com os alvéolos, pequenos sacos no interior do seio em que o leite é armazenado. Essa compressão suave age como uma bomba, drenando o leite dos alvéolos para o interior dos ductos lactíferos e finalmente para o mamilo, que atua como um funil, dispensando o leite no interior da boca do bebê."
Assim que a Luísa nasceu, minha médica me pediu para borrifar o spray Syntocinon nas narinas, antes de amamentar. De acordo com a bula, este remédio tem como princípio ativo a oxitocina, que ocasiona a secreção de leite e facilita a amamentação ou a extração do leite da mama. Este hormônio sintético costuma ser prescrito para mulheres que fizeram cesárea, tiveram bebês prematuros ou que estão com dificuldades para amamentar. Eu usei o remédio durante os primeiros dias de amamentação.
Obs.: Nunca tome remédios sem o conhecimento do seu médico.

Também é muitíssimo importante ingerir muito líquido (cerca de 4 litros por dia). Como eu fiquei com pouco líquido amniótico no final da gestação, as garrafinhas de água já haviam se tornado companheiras inseparáveis... foi difícil me acostumar, mas agora já se tornou um hábito. Eu costumo enchê-las de manhã e espalhá-las pela casa, especialmente ao lado da poltrona de amamentação! É uma boa forma de controlar se eu "cumpri o meu dever".

Outro "ajudante" no início foi o Chá Misto da Mamãe, da Weleda, presente e recomendação de minha amiga Fernanda D. Ele é recomendado para favorecer o aleitamento, ajudando na produção de um leite com propriedade digestiva para o bebê e também garantindo a boa digestão da mamãe, além de estimular a produção de leite. Além de ser uma agradável fonte de líquidos, também me auxiliou no relaxamento.

Além disso, como já comentei antes, continuei com a vitamina que tomei durante a gestação (Materna) e é importante se alimentar bem. No rodapé do post, coloquei uma referência de dieta para nutriz. Neste quesito, às vezes eu não me comporto bem... =)

Outro temor e terror das mães é a dor... para evitá-la e/ou para tratar as mamas feridas, existem pomadinhas. Eu usei a Lanidrat (prescrita por minha médica) e a Lansinoh (presente e recomendação da minha amiga Fernanda D. também).
Estas pomadas podem ser utilizadas desde o terceiro trimestre da gravidez, para preparar as mamas. Eu comecei a utilizar depois de já estar amamentando. Não é necessário remover a pomada antes do bebê mamar, elas não são prejudiciais.

Na realidade, a amamentação não deve causar dor. Especialistas dizem que toda ferida/incômodo/dor é consequência de algum erro durante a amamentação, normalmente na pega. No meu caso, posso dizer que foi verdade: a única vez que senti dor (fez uma bolhinha) foi porque a Luísa havia se encaixado de forma incorreta e, para corrigir, eu a tirei sem antes colocar o dedo mindinho em sua boca para eliminar o vácuo (técnica que aprendi depois). Aprender a pega correta e como posicionar a Luísa foi o que mais achei difícil, mas também foi a chave para o sucesso na amamentação. Além das enfermeiras na Maternidade, quem me ajudou muito foi a minha irmã Luciane e o Luís, que aprendeu como fazer e me ajudava encaixando a Luísa no começo (especialmente enquanto eu estava no Hospital: a cama não é o local mais adequado para amamentar e ter acesso/soro pendurado no braço também não facilita em nada esta tarefa!).

Vejam abaixo o interessante texto do Dr. Carlos González sobre o assunto e também estou disponibilizando este vídeo da AMEDA, muito didático, que mostra a pega correta e o posicionamento do bebê durante a amamentação...




Outro acessório muitíssimo útil, desde o começo, é a concha de silicone. Eu utilizei a SaveMilk (JohnPetter).
Antigamente, utilizava-se apenas as conchas absorventes, para evitar vazamentos. Eu cheguei a comprar, mas praticamente não utilizei.
A concha de silicone auxilia na proteção do mamilo (evitando o atrito com a roupa, mantendo-o saliente e prevenindo rachaduras/fissuras), evita a proliferação de fungos e bactérias na mama, possui barreira interna que ajuda a evitar o vazamento na roupa, possui três furos para ventilação mantendo o mamilo arejado, ajuda a evitar que a mama fique muito cheia e dolorida, é higiênico e esterilizável.
Antes de reutilizar a concha, lave suas partes separadamente com sabão e água em abundância, retirando o acúmulo de leite em seu interior, para evitar a proliferação de bactérias. Para desinfetar, ferva durante 3 a 5 minutos (ou use o microondas), mantendo as partes unidas até o resfriamento. Eu possuo 2 pares para poder revezar e higienizar.
Importante: O leite que vaza no interior da concha não deve ser usado/doado.

SAIBA MAIS:
* Guia com informações sobre a amamentação, elaborado pela UNICEF, em português (de Portugal). Traz  informação sobre como começar a amamentar e como evitar problemas comuns. Há também uma seção separada sobre como extrair o leite;
O que você deve saber sobre a amamentação antes do parto;
* Informações da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano sobre a amamentação;
* Nutrição das mães em período de amamentação;
* Texto "A Abnegação", sobre o posicionamento do bebê e as dores. Autor: Dr. Carlos González, do livro "Comer, amar e mamar";
* Artigo "Amamentação, resolva todos os problemas" (em português de Portugal);
* Dúvidas frequentes sobre a amamentação.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Rotina

Antoine de Saint-Exupéry, no Capítulo 21 de seu mais famoso livro, "O Pequeno Príncipe", ilustra bem a importância da rotina e também mostra que ela deve ser estabelecida/ajustada com paciência.
Para quem conhece um pouco da estória, este é o Capítulo em que aparece a raposa, pedindo ao Pequeno Príncipe que a cative. Replico abaixo um trechinho, mas encontrei o livro todo disponível na Internet:
" - A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me ! 
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentará mais perto...
No dia seguinte, o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta a agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias! "

Como comentei anteriormente, a Encantadora de Bebês recomenda a implementação de seu Programa, conhecido pela sigla E.A.S.Y., que ajuda a estabelecer estrutura e rotinas diárias, na seguinte ordem: comer, brincar, dormir e dar um tempo aos pais (em inglês: Eating, Activity, Sleeping, Yourself). Esse plano permite o atendimento das necessidades do bebê e a recuperação da mente e corpo da mãe (seja tirando uma soneca junto com o bebê, conseguindo tomar um banho mesmo estando sozinha com ele, dar uma volta ou tratar de seus assuntos e interesses pessoais). E, segundo a enfermeira, ao seguir essa estrutura lógica, a criança não tem de lidar com a imprevisibilidade, que tanto a assusta, e acaba aprendendo que, bem ou mal, existe hora para tudo nesse mundo.

Não tivemos dificuldades para estabelecer uma rotina com a Luísa, mas ela não é rígida e nem sempre acontece exatamente nos mesmos horários, mas respeita esta sequência de atividades e tem dado bem certo! Posso dizer que, graças à rotina, consigo identificar com mais facilidade os choros e necessidades da Luísa e atendê-las prontamente, evitando momentos de crise. Também conseguimos desde muito cedo nos organizar para realizar outras atividades, passear, etc., além de já termos recuperado nossas noites de sono. Brinco que a nossa vida agora acontece em ciclos...

Os vários registros de nosso dia-a-dia...
Aqui também vale o ciclo PDCA, ciclo de desenvolvimento com foco na melhoria contínua (Plan-Planejamento, Do-Execução, Check-Verificação e Act-Ação). Como em qualquer processo, é necessário ter informação para conseguir agir de forma eficiente... e realizar ajustes aos poucos, facilitando a adaptação e o completo atendimento às necessidades e do bebê.

Desde o primeiro dia com a Luísa, mantenho registros de todos os detalhes do nosso dia: os horários em que a amamento, as atividades que realizamos, períodos de sono, seu comportamento, etc. Estas anotações foram fundamentais para que eu pudesse notar um padrão (especialmente porque os dias são assustadoramente iguais, fica muito fácil de se confundir!) e também para que eu pudesse conhecer melhor a Luísa. No começo, é muito difícil entender o que o bebê precisa... conhecer os horários fez com que eu aprendesse a diferenciar seus choros. Também pude notar quando ela tem mais sono, quando podemos realizar atividades mais agitadas sem estressá-la, etc.

Na primeira semana, nos limitamos praticamente a observá-la durante nossas tentativas e erros. No começo, tendemos a achar que todo choro é fome, uma vez que uma mamada costuma silenciar qualquer choro... mas não necessariamente resolve o problema ou incômodo. O bebê que se alimenta exclusivamente de leite materno costuma sentir fome em períodos de 2,5 a 3 horas. Analisando os registros da primeira semana, notei que às vezes eu a amamentava em períodos menores, mas ela mamava por pouco tempo e logo adormecia. Na segunda semana, procurei alimentá-la seguindo este intervalo e, como acompanhei seu desenvolvimento semana a semana durante o primeiro mês, me certifiquei de que era mesmo suficiente, apesar dos meus temores: ela ganhava uma média de 50g / dia e seu intestino sempre funcionou muito bem.

Esta rotina para a amamentação é polêmica, pois muito se diz sobre a importância da "Livre Demanda" (ver link abaixo). Mas, para nós, foi a chave para uma vida mais tranquila e saudável... De qualquer forma, sempre vale o bom senso: caso a mamada tenha sido muito curta (interrompida por um movimento intestinal ou alguma distração, por exemplo), se o bebê estiver muito sonolento ou você não tiver percebido a sucção/deglutição, vale a pena insistir. Também existem os chamados "impulsos de crescimento" (a cada 3 ou 4 semanas), quando a alimentação pode precisar ocorrer em intervalos menores.... e sempre haverá dias em que o bebê precisa de um carinho/conforto adicional e você não vai deixá-lo chorando simplesmente porque ainda não se passaram 3 horas! O ideal é realizar a amamentação em um local tranquilo e não se apegar ao relógio, além de tentar se concentrar no bebê (não falar ao telefone, não conversar, etc).
Para nos acostumarmos com a amamentação, eu segui a livre demanda no início. E acredito que voltaremos a este esquema quando a amamentação já não for a fonte exclusiva de alimentos da Luísa e se tornar mais um momento de aconchego, depois que eu voltar a trabalhar.
Nos primeiros dias, especialmente se o bebê nasceu antes da hora ou muito pequeno, a maioria dos pediatras recomenda que o bebê seja acordado caso não desperte para mamar a cada 4 horas. Se esse tempo é ultrapassado, ele pode desenvolver hipoglicemia (baixa quantidade de açúcar no sangue), o que pode levar a uma sonolência profunda e, em alguns casos, provocar lesões neurológicas. Na Maternidade, recomendaram desagasalhar o bebê, caso se apresentasse muito sonolento durante a mamada.

Bom, depois que a rotina da alimentação estava estabelecida, em períodos de 3 em 3 horas (contados a partir do início da mamada), o restante aconteceu naturalmente. Após as mamadas diurnas, procuro sempre fazer alguma atividade com a Luísa (banho de sol, música, estória, Baby Einstein, brincadeiras, tapetinho, banho...) e, assim que ela começa a dar sinais de cansaço (bocejo, olhos avermelhados, desviando o olhar, esfregando o rosto, resmungando...), eu cesso imediatamente os estímulos e a ajudo a diminuir o ritmo (às vezes na balancinha), para que possa adormecer. Normalmente, espero que ela acorde sozinha para a próxima mamada.

Quando precisamos sair, costumo deixar tudo preparado durante sua soneca e, logo depois de amamentá-la, coloco-a no carro... ela se distrai um pouco pelo caminho e acaba adormecendo. Desta forma, temos quase 3 horas de "liberdade" para fazer o que for necessário antes da mamada seguinte.
Quando tenho algum compromisso com horário marcado, vou ajustando os horários ao longo do dia, um pouco em cada ciclo, mas tentando manter a sequência das atividades, para que ela se adapte facilmente à mudança na rotina.

Nossa rotina diária tem sido mais ou menos assim:
* Dorme das 22h às 06h direto (8h de sono).
* Mama às 06h e dorme novamente até as 9h.
* Mama às 9h, toma 10 minutos de banho de sol (quando possível) e eu cuido dela (vitamina, soro no nariz, higiene dos olhos e rosto, hidratante no corpo, corte das unhas, talco líquido, troca de roupa, etc.), dorme das 10h30 até as 12h.
* Mama às 12h, realizamos alguma atividade e depois ela dorme das 14h até as 15h.
* Mama às 15h, realizamos alguma atividade e depois ela dorme das 17h até as 18h.
* Mama às 18h, normalmente faço alguma atividade com ela em meu colo (leitura / música...) ou a massageio ou ela fica com o papai (se ele chega cedo). Dorme por 30-40 minutos até as 21h (quase sempre, nós é que a acordamos neste horário).
* Mama às 21h, toma banho, mama novamente e dorme em seguida, às 22h.
Normalmente, temos agora em 24 horas: 7 mamadas, 14-15 horas de sono, cerca de 7 trocas de fralda e 3-4 cocôs. Mas nossa rotina já foi diferente... No começo, o intervalo de 3 horas entre as mamadas valia para as noites também (ela mamava às 21h, às 00h, às 03h e às 06h). Depois, ela foi dormindo por períodos maiores durante a noite (com menos de 2 meses, já dormia por cerca de 5 horas) até atingir as 8h atuais (a partir dos 2 meses e 3 semanas). Os horários também foram se ajustando e ainda há dias em que variam um pouco, dependendo da hora em que acorda do sono mais longo ou se saímos desta rotina durante o dia por qualquer motivo. Agora com o final do horário de verão, estes horários estão se estabilizando 30 minutos mais cedo, mais ou menos.
Quando vamos sair para jantar à noite (um dos nossos principais momentos de lazer), por exemplo, costumamos adiantar o banho dela em 1 ciclo e não acordá-la após o sono das 20h30... só alimentando-a quando voltamos à nossa casa ou, se não consigo despertá-la facilmente ao chegar, aguardo até que acorde sozinha durante a madrugada.
O ciclo da mamada das 18h também é o período em que ela está mais cansada e a atividade precisa ser menos agitada. O ruim é que este é normalmente o horário em que recebemos visita durante a semana (após o horário comercial), sendo que às vezes ela fica um pouco 'chatinha' por conta da mudança na rotina.

Ah... devido à redução no número de mamadas, hoje ela tem ganhado uma média de 30g / dia, mas os pediatras dizem que seu desenvolvimento continua em um ótimo ritmo!
E, ao contrário dela, eu ainda não durmo 8 horas ininterruptas à noite (apesar de já descansar bem melhor), porque costumo dormir mais tarde e também porque meu corpo ainda não se acostumou a 'pular' as mamadas noturnas e tenho acordado pelo menos 1 vez para bombear leite, que envio semanalmente ao BLH.

Em breve, preciso planejar nossa rotina de quando eu voltar a trabalhar, para começar a fazer alguns ajustes, de forma que a Luísa possa se adaptar mais facilmente quando precisar ficar no berçário e não sofra muito também.


SAIBA MAIS:
* Resumo do Capítulo "A Frequência e a Duração das Mamadas", do livro Un Regalo Para Toda La Vida, do Dr. Carlos González (sobre a Livre Demanda).

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mais uma amiguinha pra Luísa...

A Maria Valentina, filhinha da minha ex professora de Inglês, a Patrícia, nasceu na madrugada do dia 19/Fev.
Ela foi muito apressadinha e chegou bem pequena (pouco mais de 24 semanas de gestação), vai precisar de muita ajuda da mamãe, do papai, dos médicos e do Papai do Céu para se recuperar bem e poder deixar o Hospital.
Estamos torcendo muito por vocês, Paty! E espero, em breve, poder conhecer a pequena!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Baby Sling...

Eu já tinha comprado um Baby Sling... mas era um modelo de tecido bem reforçado e com fivela (Baby Carrier), pois eu via as mães com slings feitos com tecido parecido com o de canga e tinha medo de que fosse muito frágil.
Eu tentei usar este sling com a Luísa por 3 vezes e acabei desistindo (por enquanto, pelo menos), pois ela se desespera quando eu a coloco deitada dentro dele... eu achei meio apertado e, por ser grosso, também é muito quente (quem aguenta neste verão!)...
Este modelo é recomendado para bebês de até 18 meses e permite carregar o bebê em duas posições:
* Até os 5 meses: cradle hold (deitadinho);
* De 5 a 18 meses: kangaroo style (sentadinho).

No dia em que fomos ao cinema, a minha amiga Ju levou a Isadora em um Baby Sling e havia mais uma porção de mães utilizando este tipo de carregador de bebês, sendo que quase todas usavam o modelo com anel (Ring Sling). 
Fiquei impressionada com uma mãe que carregava um bebezinho recém-nascido, bem apertadinho junto ao peito... super tranquilo naquela posição! Muito lindo!

Como eu comecei a me aventurar por aí sozinha com a Luísa e tem sido meio difícil (Eu caí com ela no colo no dia do cinema. Felizmente, ela nem percebeu o que aconteceu! Eu é que fiquei lá ajoelhada por uns 2 minutos até, finalmente, conseguir me levantar... e fiquei com os dois joelhos roxos!), resolvi aderir à moda e saí à procura de um Baby Sling para nós.

Encontrei a loja virtual Hug Me Mommy (agora "Mega Bebê") e adorei os modelos que eles vendem (aliás, tem para todos os gostos!). Há bastante informação sobre os produtos no site, dicas para a escolha do tamanho correto, os slings têm costura tripla e argolas reforçadas e, além de tudo isso, o atendimento foi ótimo (eu tive dúvidas, escrevi e fui muito bem atendida pela Gislaine).

O meu sling chegou em casa ontem... eu assisti aos vídeos que vieram junto com o produto (instruções para montar e vestir o acessório, dicas de segurança, instruções para lavagem e demonstração das posições de uso), testei as posições com uma boneca da Luísa e depois, no final do dia, testei com a minha boneca de verdade... não é que deu certo!?

Eu testei a posição Side Carry (coloquei a Luísa sentadinha, virada para mim e protegida até os ombros, para ficar bem firme - pois ela ainda é muito novinha - e deixei as perninhas de lado, para não forçar), ela se aconchegou e acabou adormecendo... aí troquei para a posição Cradle Carry (deitadinha) e depois a coloquei no bercinho. Hoje testei também a Kangaroo Carry, olha só como ela ficou: dá para passear enquanto olha tudo ao redor!

É muito bom ficar com as mãos livres e é um grande alívio para as costas também, super confortável. Gostei muito e fiquei muito feliz!
Pelo jeito, vamos aproveitar bastante... mas eu pretendo usar mais para passeios. Eu vi nas reportagens que coloquei abaixo algumas mães que utilizam o tempo todo em casa, com o bebê... achei legal, mas procuro não criar dependência de acessórios, ainda mais os que acho que será difícil de manter quando eu não estiver por perto: não quero que ela sofra quando eu voltar a trabalhar...

Coloquei abaixo um vídeo super didático que mostra como montar o sling e as posições de uso para os diferentes estágios da vida do bebê e situações (é um pedaço do vídeo demonstrativo que veio com o meu baby sling, que está disponível no YouTube). Talvez ajude outras mamães de primeira viagem ou inexperientes com este tipo de carregador:



E também editei uma série de vídeos que encontrei no Youtube de uma loja americana (Peppermint Baby Boutique / The Sling Station), na qual a expert Marni Matyus demonstra com detalhes como montar e vestir o sling de anel.  Ela também mostra o uso com um recém-nascido de 7 dias (muito fofo!): como carregar, amamentar e tirar do sling. Por fim, mostra 2 formas de uso com um bebê de 5 meses (virado pra frente e virado pra mamãe). Este vídeo também é em inglês mas, como é legendado, fica mais fácil de entender.


Encontrei ainda matérias sobre os slings, nas quais são mostrados outros modelos e até algumas formas "caseiras" de se carregar o bebê. Confiram abaixo...

SAIBA MAIS:
Vídeo - Slings no Programa Mais Você (Ana Maria Braga, Globo)
* Vídeo - Reportagem sobre os Carregadores de Bebê no Paraná TV
* Blog brasileiro dedicado exclusivamente aos Slings

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Com quem a Luísa mais se parece?

Luísa, 26/01/2011, 10 semanas
Quando coloquei o título no post, lembrei de uma musiquinha que minha mãe canta... algo assim:
   "(...) A casa já tem novo dono, novo rei ao trono: 
    Sua Majestade, o neném!
   Parece com o papai... 
   Com a mamãe também... 
   Parece com a vovó...
   Não, não parece com ninguém! 
   Ele é ele só... 
   Sua Majestade, o neném (...)"

Sim, sabemos que a Luísa é única... um bebezinho fofo, que muda um pouco a cada dia e só nos encanta!!

Mas... queremos saber a sua opinião! Com quem você acha que a nossa Luisinha se parece mais?
Lançamos a pesquisa em nossa página, no Facebook. Depois, a gente divulga o resultado aqui no Blog.

Mas, antes de votar, confira aqui uma foto recente da Luísa (aos 2,5 meses) e, nos slides abaixo, fotos antigas do Luís e minhas... Pena que a fotografia não era tão evoluída na nossa época... =)

Luís....


Cris...


sábado, 12 de fevereiro de 2011

BBB - Big Brother Bebê

Quando estávamos montando o enxoval e eu estava pesquisando os modelos de babá eletrônica, alguns amigos disseram que o acessório não era necessário... que compraram por insegurança, mas depois se deram conta de que os pais sempre conseguem ouvir o som do seu bebê, mesmo à distância. Alguns disseram também que não adianta muito escutar o bebê de longe, já que sempre acaba-se indo até o quarto do bebê para socorrê-lo, em caso de barulho, choro ou resmungo.
A encantadora de bebês também critica os aparelhos... mas sua razão é outra. Ela diz que os pais acabam deixando os bebês mal acostumados e inseguros, por entrar no quarto a qualquer ruído ouvido (potencializado pelo auto-falante da babá eletrônica), sendo que na maioria das vezes o bebê conseguiria se tranquilizar sozinho e voltar a dormir. Com tanta intervenção, o bebê acaba concluindo que sempre precisa que os pais o salvem, ficando muito dependente!
Em contrapartida, em outro trecho do livro, a encantadora de bebês também fala sobre o quanto se evoluiu no entendimento do comportamento dos bebês com o advento do vídeo... e é aqui que entra a minha satisfação com o aparelho que escolhemos.

Luísa monitorada, 11/02/2011
Eu consegui aprender muito sobre a Luísa ao monitorá-la pela câmera: a forma como ela adormece, quanto tempo fica quietinha no berço até reclamar a nossa presença, como brinca sozinha, se seu sono está agitado ou tranquilo... se voltou um leitinho e há perigo de se engasgar.. ou se chorou, mas já caiu no sono de novo. É um verdadeiro Big Brother, sem cortes e sem edição!
Também posso manter a porta do quarto dela fechada enquanto dorme, sem medo (para que os cãezinhos não fiquem bagunçando em seu quarto e também para evitar que seja incomodada pelos demais barulhos da casa). Consigo me preparar e estar pronta para atendê-la, quando percebo que ela está despertando... mas espero os seus sinais. Tenho muita liberdade e não preciso ficar levando a Luísa comigo para todo canto da casa, para ter certeza de que está bem. Ela dorme mais tranquila e descansa melhor.
Mas, realmente, acho que não seria de grande valia se o aparelho tivesse somente som.

Várias pessoas já me perguntaram se recomendamos o aparelho que escolhemos. Sim, recomendamos!
O aparelho que compramos (Best View, da Summer Infant) é um dos poucos que permite, através do monitor portátil, dar zoom na câmera e ainda movê-la em 4 direções, com o joystick.
Eu estava na dúvida entre este modelo e um outro (mais caro!) que, além de ter um monitor portátil, também vem com uma TVzinha de LCD... mas o monitor portátil atende perfeitamente a todas as necessidades, especialmente por conta do zoom. Também existem alguns modelos com o monitor menorzinho, mais fino, parecido com um celular, mas acho que também não é um diferencial... o Best View é bem prático para usar em casa e, sinceramente, acho que o monitor precisa ser "portable" e não "poketable"... =)
O sinal também é muito bom. Eu moro em sobrado e consigo utilizar a babá eletrônica nos 2 andares e, praticamente, em toda a extensão da casa: a única exceção é na garagem, pois fica no lado oposto do quarto da Luísa e ainda em outro andar (cerca de 30 metros de distância).

Mas, como tudo, sempre há pontos de melhoria:
* Eu acredito que seja um defeito do aparelho que eu adquiri e não do modelo em si, mas de qualquer maneira acho que vale a pena comentar: após cerca de uma semana, a bateria original parou de carregar diretamente na tomada (o aparelho vem com um cabo de energia para carregar a unidade enquanto você a utiliza, como um celular). Não foi um grande problema, pois a bateria é, na realidade, 3 pilhas AA... então eu tenho 6 pilhas alcalinas recarregáveis e faço um revezamento. A duração da carga é aceitável: eu deixo o aparelho ligado o dia todo e as pilhas só precisam ser substituídas após quase 24 horas.
Acho também que poderia ser emitido um aviso sonoro quando as pilhas estão fracas e precisam ser substituídas (só existe um alerta luminoso), pois houve uma noite em que a bateria havia acabado e eu fiquei achando que estava tudo em paz... quando ouvi, bem longe, um chorinho abafado e notei que a babá eletrônica estava desligada. Tudo bem que isso não seria um problema, caso estivesse funcionando a carga da bateria diretamente na fonte de energia.
* Outro ponto é a fixação do aparelho: em princípio, havíamos fixado na parede com fita dupla face (3M), mas depois que eu mudei o lay-out do quarto (troquei a posição do berço), acabei tirando da parede e comecei a usar a câmera somente apoiada na cabeceira do berço (mas, com certeza, esta não poderá ser a base definitiva - teremos que achar um novo apoio assim que ela começar a ficar em pé). A minha amiga Íris enviou para mim um artigo sobre um recall de babás eletrônicas nos EUA, vale um alerta com relação ao fio...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mamães e Bebês - CineMaterna

Depois do encontro de gravidinhas, no Casamento da Ju e do Edu, fizemos o tão esperado encontro das mamães e dos bebês (agora fora das barrigas!).

Fomos eu e a Luísa, a Ju e a Isadora, a Karin e o Renan... pena que ficaram faltando a Alice e o Daniel (que estão morando longe, longe, agora!)...
É legal que os 4 bebês têm idade bem próxima, sendo que o Renan é o mais velho da turminha e a Luísa, a caçula (mas dá 1 mês e 5 dias de diferença apenas).

Nós fomos ao CineMaterna... uma ideia muito legal, patrocinada pela Natura. São sessões de cinema para mães com bebês de até 18 meses (mas papais e acompanhantes são bem-vindos também!). Os filmes são para a diversão dos adultos, mas as salas de cinema são equipadas para acolher os bebês com todo o conforto: som reduzido, trocador na sala, ar condicionado mais suave, ambiente levemente iluminado. E depois de cada sessão sempre tem um bate-papo! As sessões acontecem em diversas cidades do Brasil. Cada filme é escolhido pelo público através de enquetes semanais.

Nós fomos no Espaço Unibanco Augusta e assistimos ao filme "Um lugar qualquer".
O filme foi mais ou menos (coloquei o trailer abaixo) - ou pode ser que a gente não tenha prestado muita atenção - mas o encontro foi muuuuito bom! A melhor parte foi o bate-papo no Starbucks do Center 3.
Ah! E nossos bebês se comportaram muitíssimo bem... Já podemos marcar uma reprise!





quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Teste - Conheça o seu bebê...

Luísa, 25/01/2011, 10 semanas
Andei explorando os recursos e aplicativos do Facebook e aproveitei para replicar em um dos aplicativos o teste "Conheça o seu bebê", que pode ser encontrado no livro "Os segredos de uma encantadora de bebês" (Tracy Hogg).


Eu acho que a Luísa é um bebê "Livro Texto", mas ela é um anjinho em alguns aspectos também. Costuma ser muito fácil de entender e atender às suas necessidades, além dela (até hoje) sempre ter se comportado muito bem quando saímos...

A ideia do teste não é rotular o seu bebê e, sim, entender a forma como ele se alimenta, dorme e responde aos estímulos, além de conhecer a melhor forma como pode ser acalmado. Podemos chamar isso de temperamento, personalidade, disposição, natureza (...) mas, independentemente da denominação, a Tracy diz que essas características começam a se manifestar entre o terceiro e o quinto dia de vivência no lar.

Estes aspectos do temperamento afetam a forma pela qual o bebê percebe e manipula o ambiente e - talvez a característica mais importante para os pais compreenderem - influencia o tipo de conforto que ele busca. O truque, segundo ela, é enxergar seu bebê com clareza, conhecendo-o e aceitando-o como ele é... e saber que o temperamento é uma influência e não uma sentença de vida!

Ah... outra coisa que a autora sugere é que o teste seja realizado por mais de uma pessoa que conheça bem o bebê, separadamente (por exemplo, a mamãe, o papai e a babá). Em primeiro lugar, porque não existem duas pessoas que vejam qualquer coisa exatamente da mesma forma. Em segundo lugar, porque os bebês tendem a agir de maneira diferente com pessoas distintas. E em terceiro, pois tendemos a nos projetar em nossos bebês e, às vezes, nos identificamos muito com seu temperamento - e enxergamos apenas o que queremos ver. Sem perceber, podemos estar exageradamente concentrados em determinadas características do bebê ou, por outro lado, não conseguir enxergá-las.

Bom... clique aqui para fazer o teste e não esqueça de compartilhar comigo o seu resultado!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...