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segunda-feira, 11 de março de 2013

Sinais, a linguagem do bebê

Acho que uma das coisas mais frustrantes para uma mãe é ver seu bebê chorar e não saber o motivo, não saber o que fazer para confortá-lo. É muito incômodo estar na presença de um bebê chorando e as tentativas frustradas de acalmá-lo podem nos levar ao desespero (especialmente, quando se é mãe de primeira viagem!), mas qual outra forma de comunicação o coitadinho tem?
Luísa, 10 meses - Dor de ouvido
E olha que nem são tantas alternativas para o jogo de tentativa-e-erro para descobrir o que o bebê precisa. No livro "Os segredos de uma encantadora de bebês", há uma tabelinha mostrando o que pode significar o choro de um bebê saudável, conforme coloquei neste post do ano passado.

Quando o bebê está doente, então, fica ainda mais difícil entender o que pode estar ocorrendo. O que será que dói? Será um dentinho nascendo? Dor de ouvido? Garganta? Como gostaríamos que o bebê pudesse nos dizer exatamente o que sente, não!?

As especialistas em desenvolvimento infantil Linda Acredolo e Susan Goodwyn trouxeram a ideia de se utilizar SINAIS para a comunicação com os bebês. Segundo elas, os bebês são capazes de entender as coisas muito antes de desenvolver completamente a fala, que exige o desenvolvimento de habilidades complexas.

Foi a minha irmã Lucy que trouxe o assunto para a família, quando leu o livro "Sinais, a linguagem do bebê", escrito por estas especialistas americanas e publicado em 1996 nos EUA. A Lucy ensinou os sinais infantis para a sua filha, Gabi, muito esperta desde bebezinha. A gente se divertia vendo a Gabi repetir os sinais, especialmente imitando os bichinhos!

Fofuras à parte, os sinais podem ajudar em muito a comunicação entre pais e filhos. Após duas décadas de pesquisas (desde 1982), estas especialistas constataram que bebês cujos pais ensinam os Sinais Infantis aprendem a falar mais cedo, são menos mal-humorados (reduz a frustração de não ser compreendido), saem na frente no desenvolvimento intelectual, expressam melhor suas emoções e desenvolvem vínculos mais sólidos com os pais.

Segundo as especialistas, todos os bebês têm potencial para aprender Sinais Infantis, que são simples e fáceis de lembrar. Basta ver que todos os bebês aprendem a dar tchau, mandar beijo, sinalizar "sim" e "não" com a cabeça e repetir os gestos das musiquinhas infantis. Além disso, qual bebê não usa o sinal característico de colocar os braços para o ar, pedindo colo?

O problema é que, normalmente, os adultos (por possuírem o recurso da fala) se limitam a utilizar e a prestar atenção somente aos sinais que permanecem em nosso dia-a-dia, perdendo uma grande oportunidade de antecipar e melhorar a comunicação com seus filhos.

Uma das razões que a sinalização funciona tão bem com os bebês é porque eles tendem a ser aprendizes visuais. Eles são capazes de aprender e reter mais informações quando as vêem, em oposição à mera audição delas. Com linguagem gestual, eles são realmente expostos a três modos de aprendizagem: visual (eles vêem o sinal sendo feito pelos pais), auditivo (eles ouvem o sinal sendo interpretado pelos pais - parte da técnica é fazer o sinal e falar ao mesmo tempo com o bebê) e cinestésico (eles sentem o sinal sendo feito por eles mesmos).

Estamos cansados de ouvir que "o corpo fala", mas a gente não tem muito o costume de ouvi-lo, não é mesmo? Bom... os bebês e as crianças, em geral, são muito mais eficientes nesta habilidade. Observadores atentos, eles conseguem captar o nosso estado de espírito, podem perceber se estamos zangados ou chateados, mesmo que a gente negue o fato verbalmente. É por isso que se diz que o exemplo é tão mais importante que o discurso...

Eu li o livro durante a minha primeira licença maternidade (2011) e comecei a treinar os sinais com a Luisinha a partir dos 6 meses, que é a idade mínima recomendada. O primeiro sinal que ela começou a utilizar foi o de mamar (fechava e abria bem a mãozinha). Depois ela começou a fazer o de cachorrinho (imitando a respiração ofegante de nossos cachorrinhos). Também nos avisava quando estava com calor (soprinhos curtos), se estava com fome (batendo a mãozinha aberta na boca), se queria água (batendo a mãozinha fechada na boca, como um copo), se queria mais (juntando os dedinhos com o polegar), se não queria mais (mão aberta na boca), se a  fralda a incomodava (batia com a mãozinha na lateral da cintura)... tinha sinal para o banho (passava a mãozinha pelo peito, como quando a gente se ensaboa)... além de dar tchau, mandar beijo, chamar e repetir os gestos de várias musiquinhas, como o pintinho amarelinho, a borboletinha, macaquinho, etc.

Luísa, 11 meses - Pintinho amarelinho
Quem esteve com a Luísa entre os 7 meses e pouco mais de 1 aninho, teve a oportunidade de vê-la usando os sinais infantis para se comunicar comigo. Eu tentei fazer um apanhado de vídeos com ela sinalizando, mas não ficou muito bom (porque tive que aproveitar edições anteriores e porque eu não conseguia registrar as situações reais e úteis dos sinais, rs!).

Hoje ela ainda usa alguns dos sinais, em conjunto com a fala, que já é super bem desenvolvida, apesar da pouca idade.

O livro traz algumas sugestões de sinais a serem utilizados, mas os pais e o bebê podem inventar os seus próprios sinais também. A Luísa inventou seu sinal para leite na mamadeira, que era diferente do seu sinal de mamar (no peito): ela cerrava o punho e o levava para cima e para baixo, da mesma forma que a gente fazia para misturar o leite em pó na mamadeira... uma graça!


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