Boas-vindas e Contadores

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Disconnect to connect...

Li recentemente o livro "Como realmente amar seu filho", do americano Ross Campbell, e gostei muito. Este livro já superou a marca de 1 milhão de cópias vendidas em vários países, em mais de 15 idiomas.
O Dr. Ross Campbell, em seus mais de 30 anos de clínica psiquiátrica e aconselhamento familiar, ajudou muitas famílias a enfrentar vários tipos de conflito, identificando que a maioria dos problemas gira em torno dos mesmos dramas fundamentais - pais que não se comunicam com os filhos, filhos que não respeitam os pais, lares instáveis ou relacionamentos esfacelados.

Estou reproduzindo abaixo a sinopse do livro, que recomendo muito aos pais e mães de filhos que ainda não atingiram a adolescência:

Que pai ou mãe, ao ser questionado se ama o filho, pronunciaria um sonoro “não”? Necessidade básica de qualquer ser humano, o sentimento de amar e ser amado manifesta-se ainda mais fortemente na criança. Em muitas situações, o que de fato ela deseja saber é se você a ama. Sua atitude quando seu filho está triste, indiferente, revoltado ou agindo de forma estranha é extremamente importante.
O comportamento da criança ou do jovem sinaliza, em geral de forma inequívoca, o que se lhe passa na mente e no coração, e o dever dos pais — seu instinto mesmo — é reagir prontamente. Nada mais justo e natural.
No entanto, há outra prioridade que muitos pais esquecem ou negligenciam: além da sensibilidade para captar os conflitos de seu filho, é preciso desenvolver a capacidade de antecipar-se a eles.
Em Como realmente amar seu filho [publicado anteriormente como Filhos felizes], que já superou a marca de um milhão de cópias vendidas em vários países, dr. Ross Campbell oferece um guia sobre esse tema tão controvertido. Ele orienta pais e mães na tarefa de cultivar um relacionamento familiar saudável a fim de que possam antever, compreender e atender as necessidades dos filhos. O ambiente, o contato visual e físico, a atenção concentrada, a disciplina, a orientação espiritual e outros aspectos dessa relação tão complexa quanto gratificante são abordados com maestria por um dos conselheiros familiares cristãos mais respeitados da atualidade.

O Capítulo 6 do livro trata sobre a necessidade da criança de receber "atenção concentrada", que nada mais é que a dedicação exclusiva dos pais ao seu filho. Nas palavras do autor: atenção completa, não dividida, de maneira que a criança sinta, com toda a certeza, que é completamente amada, que ela é suficientemente valiosa, por si mesma, para receber o cuidado, a apreciação e o afeto dos pais. A criança deve sentir-se única entre todas, saber que é especial.
Atender a esta necessidade requer tempo e exige que os pais ponham de lado algo que talvez preferissem fazer. Às vezes, a criança necessita desesperadamente da atenção concentrada exatamente quando os pais têm menos disposição para oferecê-la.
Segundo o autor, a atenção concentrada é vital para o desenvolvimento da auto-estima infantil, afetando profundamente a capacidade da criança de se relacionar e amar os outros. Quando a criança está sozinha com sua mãe ou pai, pensa "eu a tenho (o tenho) só para mim", "neste momento, sou a pessoa mais importante no mundo inteiro para a minha mãe (meu pai)". Este é o objetivo da atenção concentrada - capacitar a criança a sentir-se desta forma. Sem a atenção concentrada, a criança experimenta ansiedade por sentir que tudo é mais importante do que ela, ficando, consequentemente, menos segura e muito prejudicada em seu crescimento emocional e psicológico.

Esta é uma das necessidades mais exigentes da criança, pois como pais temos extrema dificuldade em reconhecê-la e muito mais em satisfazê-la. As outras coisas que fazemos pela criança parecem ser suficientes - sorvete, chocolate, presentes e concessão de pedidos incomuns talvez passem a impressão de substituir a atenção concentrada.
O autor fala sobre a questão do tempo, como separar estes momentos das 24 horas do dia, dos sete dias da semana... que parecem nunca ser suficientes para cumprirmos todas as nossas obrigações e fazer tudo o que gostaríamos. Precisamos assumir este fato, para não supor ingenuamente que podemos dar conta de tudo e, ao assumir esta hipótese, passarmos a ser controlados pela pressão da urgência e sermos dominados pela frustração (pois os assuntos urgentes não são necessariamente os mais importantes).
Eu senti muito isso depois que a Luísa nasceu e, especialmente, quando voltei ao trabalho após a licença maternidade. Não conseguia fazer tudo o que costumava e ainda me dedicar à Luísa como queria. Entrei em depressão por conta disso e precisei realizar uma série de mudanças em minha vida para aceitar a nova situação, para abrir mão de algumas coisas e não deixar de lado o que realmente importava para mim! Este ainda é um processo diário de adaptações e decisões...

No mundo moderno, temos a tecnologia ao nosso alcance, mas nem sempre a utilizamos a nosso favor e daqueles que amamos. Podemos nos conectar remotamente à empresa e trabalhar de casa, ficando ao lado de um filho que está com conjuntivite e não pode ir à escola... mas também pode ser que fiquemos tentados a nos debruçar madrugada afora sobre um problema do trabalho que poderia esperar pelo dia seguinte. Podemos nos comunicar com amigos e familiares através das redes sociais... mas também pode ser que fiquemos tão conectados com o mundo de fora que passamos a ignorar aqueles que estão ao nosso lado. É cada vez mais comum ver várias pessoas em um mesmo ambiente, mas sem trocar uma só palavra!

Este vídeo institucional lindo, feito pela empresa de comunicação DTAC, mostra bem essa realidade e levanta uma questão: até que ponto a evolução tecnológica é boa para o ser humano? Assistam ao vídeo e reflitam...


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