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sábado, 5 de março de 2011

Pump it!

Luísa, 11/03/2011, 16 semanas
Comentei em um post anterior o começo de minha experiência com a amamentação. Não tive grandes dificuldades, mas este é um processo totalmente novo, delicado, que demanda aprendizado e adaptação.
Um dos maiores desconfortos que senti foi por conta da grande produção de leite, desde que a Luísa nasceu. Eu ficava muito feliz em saber que tinha leite suficiente para alimentá-la, mas enfrentava alguns problemas por conta deste excesso. Vejam este artigo sobre a Hiperlactação... eu podia observar muitos destes sintomas e até acho que era por isso que, no início, a Luísa "devolvia" muito leite, o que foi uma grande preocupação. 

Ainda na Maternidade, uma das enfermeiras notou que havia obstrução dos canais por acúmulo de leite, o que pode se transformar em mastite e me ensinou a fazer massagem para eliminar os nódulos e liberar o leite acumulado... quase chorei de tanta dor!
Em casa, o quadro se repetiu e a massagem durante o banho quente era um pouco mais fácil, mas ainda dolorida. O dia em que a Luísa completou 1 semana foi a primeira vez em que extraí o meu leite. A minha irmã Lu havia comprado uma bomba elétrica quando amamentava a Gabi e me emprestou. Neste dia, ela me ensinou como usar a bomba e a partir daí passei a esvaziar as mamas (após as mamadas) quando a Luísa não o fazia, para evitar o acúmulo e ingurgitamento. Também bombeava um pouco antes da mamada da Luísa, quando os seios estavam cheios demais. Com o tempo, a produção se regularizou...

Um pouco depois, no Natal, houve um segundo motivo para eu pensar em extrair meu leite. No dia 23/12, saí para fazer compras e deixei a Luísa com minha mãe... Mas tanto o trânsito quanto os supermercados estavam uma loucura e acabei demorando mais do que planejava, postergando o horário de alimentar a Luísa. Pesquisei sobre as técnicas de conservação e congelamento do leite materno, além de esterilização dos equipamentos envolvidos e quis também "testar" se a Luzinha aceitaria o meu leite de outra forma.

No final de Janeiro, resolvi converter o excesso de leite em solidariedade, começando a extrair o meu leite para doação (que pretendo continuar pelo menos enquanto estiver em licença maternidade).
É um bom treino para quando voltar a trabalhar, já que pretendo continuar amamentando a Luísa até que complete 1 ano pelo menos (ou até 2 anos, como recomenda a OMS).

Há 3 métodos principais para extração do leite:
* à mão --> ver vídeo demonstrativo;
* com bomba manual;
* com bomba elétrica.

A bomba elétrica que eu utilizo é da Nuk (foto ao lado)... não é profissional, mas dá conta do recado (em menos de 10 minutos, consigo bombear cerca de 100ml toda madrugada, depois levo mais um tempo para conseguir esvaziar completamente o seio, chegando a cerca de 150ml). Ela é semi-automática: tem regulador da força de sucção, mas exige que se aperte um botãozinho para interromper a sucção e simular a mamada. É possível usar com uma só mão, mas eu não bombeio enquanto amamento a Luísa, pois acho que o barulho atrapalha o "nosso momento".
Mesmo os aparelhos mais simples são caros no Brasil. Existem empresas que oferecem a opção de locação (por exemplo, a Cantinho da Mamãe e a Qualyleite), que pode ser considerada especialmente para que a mãe possa testar e descobrir com qual aparelho melhor se adapta.

É importante observar que, ao bombear o leite, só esvaziamos a mama. É a sucção do bebê que faz com que o corpo produza o leite. Por conta disso, bombear o leite não deve substituir a amamentação, senão é possível que a produção do leite cesse.
Também acho que existe um fator psicológico mágico nisso tudo... Ao pensar no bebê ou na amamentação (como agora, enquanto escrevo), o corpo "responde" produzindo o leite e preparando-se para amamentar. Pode ajudar olhar uma foto (ou o próprio bebê) enquanto extrai o leite... eu costumo ficar olhando a Luísa pela babá eletrônica, o que também me ajuda a ver se o barulho não está atrapalhando o sono dela.

Ah! A Encantadora de Bebês também dá algumas dicas de amamentação que utilizam a bomba. Replico abaixo, pois acredito que possam ser úteis para outras mães:
* Se a mãe tem fluxo lento (às vezes em um só lado) e o bebê se irrita ou não mama bem por conta disso, uma técnica é preparar-se antes com uma bomba até visualizar o fluxo do leite (cerca de 3 minutos), para depois oferecer o seio ao bebê;
* Se a mãe estiver preocupada com o suprimento de leite, pode fazer por 2 ou 3 dias o "exame da produção". Uma vez por dia, 15 minutos antes da mamada, bombeie o leite e meça quanto está produzindo. Levando em consideração que o bebê pode extrair no mínimo 30ml a mais pela sucção ativa do seio, você já terá uma ideia de quanto está produzindo;

* Geralmente demora 1 hora após a mamada para o fluxo de leite ser restabelecido. Para aumentar a produção, bombeie por 10 minutos durante 2 dias, depois de cada mamada. Quando voltar ao trabalho, se não puder bombear no horário em que o bebê normalmente mamaria, tente pelo menos bombear no mesmo horário todos os dias - por exemplo, 15 minutos na hora do almoço.
 
SAIBA MAIS:
* Guia com informações sobre a amamentação, elaborado pela UNICEF, em português (de Portugal). A partir da página 9, há informações sobre a extração de leite;
* Artigo americano sobre considerações na escolha de uma bomba;
* Artigo do BabyCenter "Como tirar o leite materno";
* Artigo do BabyCenter sobre a compra de uma bomba tira-leite.

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